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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Adivinha?

Ei você que está lendo esse texto apenas pra saber sobre o que eu ando pensando. Por que você não cria coragem e vem logo me ver? Chega de tentar adivinhar o que eu sinto. Meus textos ficam mais bonitos quando você está por perto.
Estou cansada de revirar nossa história em busca de momentos felizes. Olhar no espelho e me sentir a pessoa mais idiota do mundo não é algo que eu goste de fazer. Mas eu tenho feito tantas vezes. Me explica,  como é que uma escritora vai se sustentar com um coração vazio? Meus textos estão ficando monotonos, assim como os dias sem você.
Acordei assustada noite passada. Tive aquele mesmo pesadelo de sempre. Você me conhece, não tive coragem de sair da cama, muito menos de ir acender a luz. Fiquei ali, de olhos fechados sentindo o tempo passar. Esperando o sono voltar. Você chegar. Pra dizer que nada daquilo era verdade e deitar ao meu lado, de conchinha, sussurando coisas engraçadas no meu ouvido.
Quando a gente se fala pelo telefone você leva tudo na brincadeira. Ei, eu to falando sério. Você é o único que me conhece tanto, e sabe dos meus maiores medos. Aqueles mais secretos e obscuros. Que é dono dos meus pensamentos e lembranças, do cheiro da pelúcia que eu abraço todos os dias antes de dormir. É você.
Implique comigo. Diga que eu to errada só pra me contrariar. Ligue quando eu to no banho. Diga que me prefere sem maquiagem. Ocupe minhas noites vazias no computador. Reclame das minhas notas baixas. Dê flores de presente.
Faça tudo que eu nunca deixei você fazer. Volta logo, mas volta pra mim.
Adivinha? Eu ainda sou sua.
[depoisdos15]

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